"VERSOS UNIVERSAIS QUE DIZEM TUDO DE NÓS"

O poeta brasileiro Manuel Bandeira disse que invejava e considerava o verso “tu pisavas nos astros distraída”, de Orestes Barbosa e Sílvio Caldas, na canção  “Chão de Estrelas”, gravada em 1937, “talvez o verso mais bonito de nossa língua”. Assim como Bandeira, temos nossos versos preferidos e gostaríamos de compartilhá-los com aqueles que se tocam, se emocionam e admiram versos musicais. Mencione os seus em “Contato”.
 

“E você ainda acredita
Que é um doutor
Padre ou policial
Que está contribuindo
Com sua parte
Para o nosso belo
Quadro social”

(Ouro de Tolo, de Raul Seixas)

 
 
“Hoje eu tenho apenas uma pedra no meu peito
Exijo respeito, não sou mais um sonhador
Chego a mudar de calçada
Quando aparece uma flor
E dou risada do grande amor
Mentira”
(Samba do Grande Amor, de Chico Buarque)
 
 
“Se mulher fosse cadeia, eu só vivia preso
Era a polícia me soltando e prendendo de novo
Se mulher fosse castigo, eu me rachava todo
Porque não tem na vida sofrimento mais gostoso” 
(Moda da Mulher, de Araújo Filho)
 
 
“Quem tem dois corações
Me faça presente de um
Que eu já fui dono de dois
E já não tenho nenhum”
(Poema de Fernando Pessoa musicado por Roberto Mendes para gravação de Maria Bethânia)
 
 
“Quando eu falava dessas cores mórbidas
Quando eu falava desses homens sórdidos
Quando eu falava desse temporal
Você não escutou
Você não quer acreditar
Mas isso é tão normal” 
(Passagem da Janela, de Lô Borges e Fernando Brant)
 
” Já faz tempo que  pedi Mas o meu Papai Noel não vem Com certeza já morreu
 Ou então felicidade É brinquedo que não tem”
 ( Boas Festas de  Assis Valente)
 
 
” Minha gente era triste, amargurada
Inventou a batucada pra deixar de padecer
Salve o prazer, salve o prazer”
( Alegria, de Assis Valente)
 
 
” Ela está cansada de tudo
De tudo que você faz
Sempre esperando que você mude
Dando chance demais”
(Cansada Mulher, de Jorge Franklin Pereira)
 
 
“Bebo, bebo sua saudade
Na angústia desta vida
De ver você voltar”
(Canto de Bar, de Roberto Mendes e Jorge Franklin Pereira)
 
 

” Eu vejo o nosso amor assim Um sonho, um sol, um som sem fim Onde eu sou você, onde você sou eu”

(Roberto Mendes – Jorge Portugal)

 
 
” Agora é vida sem razão
Porque tentando orar
Eu só rezei você “
(Moacir Franco)
 
 
“Esse sol que queima no meu rosto um resto de esperança ” 
(Roberto e Erasmo Carlos)
 
 
“Eu só quero que Deus me ajude
Ao menino muito mais também
Pois a flor é uma rosa, a rosa é uma flor
E o menino não é ninguém “
(Jorge Benjor)
 
 

“Tu pisavas nos astros distraída”
(Chão de Estrelas, de Orestes Barbosa e Sílvio Caldas)

 
“Se eles julgam que a um lindo futuro só o amor nessa vida conduz
Saibam que deixam o céu por ser escuro e vão ao inferno à procura de luz”
(Esses Moços, pobres moços, de Lupicínio Rodrigues)
 
 

“Tire o seu sorriso do caminho que eu quero passar com a minha dor”
(A flor e o espinho, de Nelson Cavaquinho, Guilherme de Brito e Alcides Caminha)

 
“Sempre só , eu vivo procurando alguém que sofre como eu também e não consigo achar ninguém”
(Luz Negra, de Nelson Cavaquinho e Amâncio Cardoso)
 
 
“Não fala com pobre, não dá a mão a preto, não carrega embrulho, pra que tanta pose ,doutor, pra que esse orgulho?”
( A banca do distinto, de Billy Branco)
 
 
“Bandeira branca, amor, não posso mais, pela saudade que me invade eu peço paz”
( Bandeira branca, de Max Nunes e Laércio Alves)
 
 
” Tristeza não tem fim, felicidade sim”
( A Felicidade, de Tom Jobim e Vinicius de Moraes)
 
 
“Boemia, aqui me tens de regresso e suplicando te peço a minha nova inscrição”
(A volta do boêmio, de Adelino Moreira)
 
 
“Podem me prender, podem me bater, podem até deixar-me sem comer que eu não mudo de opinião”
(Opinião, de Zé Kéti)
 
 
“Vista assim do alto mais parece um céu no chão , sei lá…em Mangueira a poesia feito um mar se alastrou”
(Sei lá, Mangueira, de Paulinho da Viola e Hermínio Bello de Carvalho)
 
“Hoje, eu quero a rosa mais linda que houver e a primeira estrela que vier para enfeitar a noite do meu bem…”
( A noite do meu bem, de Dolores Duran)
 
 
” Meu coração, não sei por que bate feliz quando te vê”
(Carinhoso, de Pixinguinha e João de Barro)
 
 
“Ai, mulata assanhada que passa com graça fazendo pirraça, tirando o sossego da gente”
 (Mulata assanhada, de Ataulfo Alves)